A população mundial ultrapassará 9,2 bilhões de habitantes em 2050, segundo um relatório divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em março de 2007.
Segundo o estudo, o mundo terá um aumento de 2,5 bilhões de habitantes nos próximos 43 anos, passando dos 6,7 bilhões em julho de 2007 a 9,2 bilhões em 2050.
O aumento será absorvido, em sua maioria, pelos países em desenvolvimento, que sozinhos, estes países devem passar de 5,4 bilhões de habitantes em 2007 para 7,9 bilhões de habitantes em 2050.
Num novo estudo divulgado no último dia 23/09/09, a Agência para Agricultura e Alimentos, da ONU, estima que a produção mundial de alimentos terá que crescer 70% até 2050. Segundo o relatório expansão de área plantado consumirá cerca de 120 milhões de hectares nos próximos 40 anos em países em desenvolvimento, principalmente na América Latina e África Subsariana.
Caso isso não aconteça 370 milhões de pessoas ficarão sem alimentos até 2050, isso representa 5% da população mundial.
É neste cenário que o Brasil se desponta como um dos mais importantes produtores mundiais de alimentos e decisões estratégicas precisam ser tomadas urgentemente.
Não faz sentido liderar a exportação mundial de alimentos “in natura” se podemos e devemos ser um dos maiores exportadores de alimentos processados, agregando valor aos produtos e gerando aqui os boa parte dos empregos que virão dessa mega indústria mundial de alimentos que se necessita.
A criação da Brasil Foods, união da Sadia com a Perdigão, uma experiência de sucesso, que fez da BRF a maior produtora e exportadora mundial de carne de frango, uma das principais processadoras de carne de porco e a maior abastecedora de alimentos industrializados no país. A previsão de faturamento anual da companhia é de R$ 22 bilhões. As exportações da BRF alcançam 110 países e o grande desafio agora é criar uma marca global e conseguir vender para o mercado americano.
Outra estrondosa ascensão de empresas brasileiras processadoras de alimentos é a do frigorífico JBS - Friboi, que na semana passada divulgou a incorporação do Frigorífico Bertin e a aquisição da americana Piligrim`s Pride, o que transforma o JBS na a terceira maior empresa do Brasil e na maior empresa de proteína animal do mundo, com um faturamento líquido anual estimado em R$ 60,6 bilhões.
Negócios como o da Brasil Foods e da JBS Friboi são caminhos naturais a serem seguidos pelas empresas brasileiras de alimentos que pretendem competir em escala global, com isso todos os produtores de grãos ou de carne serão beneficiados, pois, é o Brasil representado lá fora com marcas globais e essas empresas só se consolidarão se estabelecerem fortes parcerias com pequenos e médios empreendedores ao longo de toda a sua cadeia produtiva.
Assim como o Sr. José Batista Sobrinho, o Zé Mineiro, abriu em anápolis/GO em 1953 o açougue Casa de Carne Mineira que se transformou na potência mundial que hoje é o JBS Friboi, temos no setor de alimentos espaço de sobra para novos empreendedores, principalmente se considerarmos que para 2050 ainda faltam 40 anos.
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